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Foto: TV Globo (Divulgação)
Um ator nascido em Santiago teve seus momentos de fama em "Éramos Seis", novela das 18h da Globo, no último sábado. A cena em que dois funcionários da prefeitura aparecem recolhendo cachorros na rua teve como um dos personagens o santiaguense Hossen Minussi.
No folhetim, os homens da carrocinha recolhem Jagunço, cãozinho de estimação do garoto Julinho (Davi de Oliveira), que sai pendurado no veículo atrás do bichinho.
- Os personagens não tinham nome, eram chamados de "O Homem da Carrocinha 1" e "O Homem da Carrocinha 2". Como estávamos gravando as cenas no Dia de São Francisco, propus ao diretor que eu me chamasse Francisco, e o meu colega, Assis. E ele topou - conta Hossen sobre a cena que foi ao ar no sábado e repetida nesta semana.
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Embora com participação relâmpago na telenovela global, o ator gravou a cena durante três dias. A aparição ocorre na primeira fase da atração, que retrata os anos 20 do século passado. Hossen também fez trabalho semelhante na novela anterior, "Órfãos da Terra", e já tem proposta para gravar cenas do folhetim que vai substituir "Éramos Seis".
O ator, de 53 anos, mudou-se jovem para o Rio de Janeiro, onde está há 30 anos. Nos primeiros dois anos na capital fluminense, Hossen não pensava seguir carreira artística até conhecer O Tablado (famosa escola de teatro). A partir da convivência com futuros atores e diretores, conheceu profissionais da Globo que o chamaram para testes de vídeo.
Nos palcos, Hossen atuou na peça "Decameron", em várias temporadas, e atualmente está ensaiando o clássico "Romeu e Julieta". No cinema, fez vários papéis em produções famosas com o ator e diretor Selton Mello, como "O Cheiro do Ralo", "Meu Nome Não é Johny", " A Mulher Invisível" e "O Palhaço", entre outros. Na TV, atuou nos remakes de "O Rebu" e "O Astro", telenovelas de sucesso da Globo nos anos 70.
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Filho do representante comercial Sami Salem (falecido) e da comerciante Helena Minussi Salem, ex-proprietária de uma antiga loja de aluguel de roupas em Santiago, Hossen diz que continuará apostando nos palcos, paixão despertada nos tempos em que estudava no Colégio Agrícola de Alegrete, onde participou de uma encenação da Semana Farroupilha.
- Meu foco é o teatro. Durante 28 anos, só parei em 2016 - diz o o artista santiaguense.
- Esse negócio de cinema é muito louco. Você participa das gravações e acabam cortando a cena por economia. Quando fui gravar "O Cheiro do Ralo", o Selton Mello me disse: "Não se empolga, não, porque cortam muito as cenas. Mas eu sempre tive sorte e sempre soube argumentar - revela.
Mesmo tendo saído muito cedo da Terra dos Poetas, o ator não esconde sua saudade pela terra natal.
- Há três anos não consigo visitar Santiago. Neste fim de ano, pretendo ir - promete.
